quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Perca o Trauma de Ler

Se existem coisas que eliminam o prazer de uma atividade são: a obrigatoriedade e o distanciamento que o aluno tem desta atividade. Como esperar que um jovem, sem ter uma bagagem de conhecimento histórico razoável, compreenda perfeitamente as sátiras de “Memórias de um sargento de milícias” ou se identifique com as críticas sociais de Graciliano Ramos? Enquanto as grades curriculares não mudam, nós do Farofa temos um conselho pra você, que ficou traumatizado ao encarar uma pedreira destas como primeira leitura: não desista! Trazemos algumas dicas para lhe mostrar que leitura pode ser agradável.

Para os realmente iniciantes, a série Vagalume, da editora Ática, tem uma série de livros fáceis e interessantes, inclusive o meu primeiro livro, “A ilha perdida”.

Um gênero que atrai muito os jovens é o policial, então sugiro começar pelo maior detetive de todos os tempos, Sherlock Holmes, criado pelo inglês Arthur Conan Doyle.
“Um estudo em vermelho”, primeira história de Holmes, é um livro pequeno e fácil de ler. Depois, quem gostar do gênero pode até se aventurar em ler Dan Brown, autor de “O Código da Vinci” e “Anjos e demônios” que, apesar de grandes(mais de 400 páginas cada), são livros bem fáceis, com uma trama que prende a atenção.

No campo da ficção científica não podemos nos esquecer de Júlio Verne, autor de “Vinte mil léguas submarinas”, “A volta ao mundo em oitenta dias”, entre outros. Um segundo passo pode ser “Admirável mundo novo”, do inglês Aldous Huxley.

Para os mais adiantados “O caçador de pipas” é uma boa pedida, não é nenhuma obra prima de literatura, mas traz uma história tocante e muito bem contada, além de ser um dos pioneiros dessa recente onda de livros sobre o Oriente Médio.

Quem quiser um pouco de psicologia deve ler “Conte-me seus sonhos”, de Sidney Sheldon, que conta a história, baseada em fatos reais, de uma garota com múltiplas personalidades.

Por fim acho que ninguém deve deixar de ler literatura fantástica. Entre os mais fáceis estão “Harry Potter”, “Eragon” e “As crônicas de Nárnia”, há também a série de cinco livros “O único e eterno rei”, os livros são bem infantis, mas por ser a versão mais conhecida das lendas do Rei Arthur e por ter inspirado todas as obras de literatura fantástica posteriores, vale a pena conferir. É lógico que “O Senhor dos Anéis” não iria ficar de fora, porém ele já exige um pouco mais do leitor, mas nada traumático. Agora, se você acha que esses livros são muito “conto de fadas”, experimente o “O pistoleiro”, o livro de Stephen King faz parte da série A Torre Negra, que mistura literatura fantástica com cultura pop e faroeste, sem contar que a série serve como treino, já que a complexidade aumenta a cada livro.

Não são obras profundas ou necessárias, são apenas dicas de diversão baseadas nos livros que li. Abaixo estão os links para outras listas com mais propriedade que a minha: a do diretor de redação da Folha de S. Paulo e a do jornal britânico The Guardian. Boa leitura!

Trópico: 7 livros que Otávio Frias Filho gostaria de ter lido aos 17 anos

The Guardian Book List

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